05 set 2013 Eleição

Vim, vi e votei

Maria de Lourdes adora novelas. Depois do jantar, ela fica grudada na TV. Mas, quando começa o horário eleitoral, ela reclama: “Aquela chatice de novo!” e desliga o aparelho. Muitas pessoas não se interessam por política, mas será que virar as costas para ela é o melhor caminho? Você sabe o que é ser representado politicamente?

Ser representado significa fazer-se presente através de outra pessoa, que tem o poder de tomar decisões por nós. Quando não podemos comparecer a uma cerimônia, pedimos a alguém que nos represente. Na política, o representante age, discute e toma decisões de governo em nome dos representados. Ele é eleito pelo povo e cumpre um mandato. Isso nos permite repensar escolhas e resolvê-las na eleição seguinte, caso nosso candidato não cumpra suas promessas. A escolha dos representantes políticos é uma das mais sérias, tanto pelo assunto envolvido quanto pelo fato de ser um direito e um dever.

Durante a propaganda eleitoral, os candidatos participam da disputa pelo seu voto, tentando convencer de que serão bons no legislativo ou executivo. Vale a pena ouvi-los e conversar sobre eles para decidir quem será seu representante. Maria de Lourdes, no entanto, desliga a televisão no horário eleitoral, não lê nada de política no jornal e nem conversa sobre o assunto com os amigos. Agindo assim, parece que ela entrega a qualquer um o direito de resolver seus problemas e cuidar de seus interesses. Votar sem consciência é como assinar um cheque em branco, um risco certo.

Existem diferentes tipos de voto: o voto nulo, quando o eleitor escolhe um nome que não consta na lista de candidatos ou comete algum erro; o voto de legenda, dado em razão do partido; o voto criminoso, que é comprado ou obtido com fraude; e o voto em branco, quando o eleitor não escolhe candidato nem partido. No Brasil, o voto é facultativo para jovens de 16 a 18 anos, pessoas acima de 70 anos e analfabetos. O voto consciente resulta de informação e reflexão, sendo exercido como um direito com gosto, e não apenas como uma obrigação chata.

O sistema eleitoral é o conjunto de regras para a escolha dos governantes. Os candidatos devem ser brasileiros natos ou naturalizados, filiados a um partido político, com idade suficiente para ocupar o cargo pretendido e sem condenação criminal. A Constituição Brasileira garante o voto direto, secreto e universal. Votamos pessoalmente em nossos candidatos sem precisar dizer em quem votamos, e ninguém pode nos pressionar. Além disso, o voto é um direito de todos os cidadãos.

A eleição é um dos acontecimentos mais importantes da democracia, momento em que coletivamente podemos dizer sim ou não ao governo e suas ações. Muitas pessoas deixam de votar ou anulam o voto, o que é um sintoma de que a sociedade não se sente bem representada. Por que será que isso acontece? Pense nisso. Até a próxima aula.