Visão geral atual das tarifas de Trump

Em abril de 2025, o presidente Donald Trump implementou um novo pacote tarifário de grandes proporções, chamado de “tarifaço”, que impacta mais de 180 países e regiões. O objetivo declarado é promover a reciprocidade comercial e proteger a indústria americana, mas as medidas geraram forte reação internacional e volatilidade nos mercados1 7 9 16.

O status atual é o seguinte:

Tarifa universal de 10%: Aplica-se à maioria das importações, com exceção de países ou setores específicos.
Tarifas específicas e mais altas: Para países considerados “transgressores” ou com grandes déficits comerciais com os EUA, como China, União Europeia e Japão, as tarifas são muito superiores à taxa universal.
Suspensão temporária: Após forte reação global, Trump suspendeu por 90 dias parte das tarifas mais agressivas para a maioria dos países, mantendo a escalada apenas contra a China1 2 8 17.
Retaliações: Diversos parceiros comerciais anunciaram medidas retaliatórias, aprofundando o risco de uma guerra comercial global4 18.

A seguir, o detalhamento do status para cada país/região solicitado.

Detalhamentopor País

China

Tarifas dos EUA: A tarifa sobre produtos chineses foi elevada para 145% (soma de 20% em fevereiro + 125% em abril)2 9 17. Relatos recentes falam até em um novo patamar de 245% para alguns produtos, embora sem detalhamento oficial3.
Justificativa: Trump alega questões de segurança nacional e resposta à falta de ação da China contra o fentanil, além de déficits comerciais persistentes.
Retaliação chinesa: Pequim subiu tarifas para 84% sobre produtos americanos, restringiu exportações de terras raras e sancionou empresas de defesa dos EUA. Também há relatos de restrição à compra de produtos da Boeing2 3 10 17.
Situação atual: A guerra comercial está em escalada. Não há sinais de acordo iminente, e o impacto já é sentido globalmente, com pressões inflacionárias e rupturas em cadeias produtivas1 9 10 15.

UniãoEuropeia

Tarifas dos EUA: Produtos europeus enfrentam tarifas de 20% em média, com setores específicos (aço, alumínio, carros) sofrendo tarifas de 25%4 11 14 20.
Resposta da UE: O bloco aprovou tarifas retaliatórias de 25% sobre uma lista de produtos americanos, incluindo alimentos, veículos, roupas e outros itens, totalizando cerca de 21 bilhões de euros em 20244 18. As medidas podem ser suspensas se houver acordo negociado.
Situação atual: As negociações continuam, mas o clima é de tensão. O impacto foi imediato nos mercados europeus, com quedas significativas nas bolsas e alerta para possíveis novas rodadas de retaliação4 11 18.

Japão

Tarifas dos EUA: O Japão foi alvo de tarifas de 24% sobre suas exportações, mas essas taxas – assim como para outros aliados – foram suspensas por 90 dias. No momento, vigora a tarifa universal de 10%, exceto para automóveis, que seguem com tarifa de 25%2 5 12 20.
Negociações: Houve “progresso importante” em negociações diretas entre Trump e autoridades japonesas. O Japão busca um acordo antes do fim da suspensão, mas resiste a grandes concessões5 12.
Situação atual: O Japão tenta limitar os danos e evitar escalada, mas permanece sob risco de novas tarifas caso as conversas não avancem.

Canadá

Tarifas dos EUA: O Canadá já enfrentava tarifas de 25% sobre aço e alumínio, e uma tarifa de 25% sobre veículos foi anunciada, mas há isenções temporárias para alguns setores2 6 13 19.
Retaliação canadense: O Canadá respondeu com tarifas de 25% sobre veículos americanos e outros produtos, além de ameaçar novas medidas caso os EUA mantenham ou ampliem o tarifaço2 13 19.
Situação atual: Canadá e EUA mantêm negociações, com algumas isenções temporárias, mas a relação comercial está abalada e sujeita a novas rodadas de retaliação2 6 13 19.

Brasil

Tarifas dos EUA: O Brasil foi incluído na tarifa universal de 10% sobre todos os produtos exportados para os EUA, com efeito a partir de 5 de abril7 14 20. Setores como etanol, aço e produtos agrícolas são diretamente impactados.
Resposta brasileira: O Senado aprovou a chamada “Lei da Reciprocidade Econômica”, autorizando retaliações contra países que impuserem barreiras ao Brasil, inclusive suspensão de concessões comerciais e de direitos de propriedade intelectual7.
Situação atual: O impacto é significativo devido ao peso do mercado americano para o Brasil. O aumento das tarifas pode prejudicar a balança comercial, pressionar o câmbio e a inflação, e forçar o Brasil a buscar novos parceiros comerciais7 14 20.

Conclusão

O tarifaço de Trump marca uma das maiores ondas protecionistas desde os anos 1930, com efeitos globais já perceptíveis em mercados, cadeias produtivas e relações diplomáticas. O cenário é de incerteza, com negociações em andamento, mas sem solução definitiva à vista para a maioria dos parceiros comerciais dos EUA1 7 9 14 15 16 17 20.

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Assessoria Cidadão Alerta

Citações:

Visão geral atual das tarifas de Trump

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