Putin descarta proposta europeia e eleva tom de ameaça militar após encontro com enviado de Trump

Moscou, 2 de dezembro de 2025 – O presidente russo Vladimir Putin recusou categoricamente uma contraproposta europeia a um plano de paz elaborado pela administração de Donald Trump para encerrar o conflito na Ucrânia, declarando que a Rússia está pronta para uma guerra caso a Europa insista em confrontos. A declaração ocorreu após uma reunião de cinco horas em Moscou com Steve Witkoff, enviado especial do governo Trump, que não resultou em avanços significativos nas negociações. Putin acusou líderes europeus de bloquearem o processo de paz, afirmando: “Se a Europa quiser lutar uma guerra, nós estamos prontos agora”. osul+5

O plano original americano, com 28 pontos, previa concessões substanciais à Rússia, incluindo a cessão de cerca de um quinto do território ucraniano, como regiões de Donetsk e Luhansk, neutralidade da Ucrânia em relação à OTAN e redução do exército de Kiev de 900 mil para 600 mil soldados. Líderes europeus e o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky rejeitaram esses termos como excessivamente favoráveis a Moscou, propondo ajustes como limitar a redução militar a 800 mil efetivos e resistir à perda territorial. Putin qualificou essas modificações como “totalmente inaceitáveis” e “não construtivas”, sugerindo que visam sabotar as conversas. gazetadopovo+3

A tensão escalou em um contexto de avanços russos no leste ucraniano, com Moscou celebrando a captura de cidades-chave como Pokrovsk – negada por Kiev – e ameaçando conquistas adicionais sem acordo. Putin enfatizou que a Rússia busca paz, mas prosseguirá com operações militares se necessário, enquanto critica a Europa por priorizar preparativos bélicos, como investimentos em defesa e discussões sobre ataques preventivos da OTAN contra ações híbridas russas. O enviado Witkoff entregou o plano revisado, mas o Kremlin indicou apoio parcial apenas a alguns itens, rejeitando interferências externas. gazetadopovo+4

Analistas veem a postura de Putin como uma tática para pressionar Trump e dividir aliados ocidentais, em meio a sanções econômicas e apoio militar contínuo a Kiev. A Europa, por sua vez, reforça fronteiras orientais, com Polônia e países bálticos alertando para riscos de expansão russa. Sem acordo iminente, o conflito, iniciado em 2022 após anexação da Crimeia em 2014, ameaça prolongar-se, com custos humanos e econômicos crescentes. observador+2

Reações internacionais foram imediatas: Trump, via redes sociais, cobrou progresso, enquanto Zelensky chamou as demandas russas de “chantagem”. A OTAN minimizou as ameaças, focando em dissuasão sem escalada direta. Especialistas alertam que o impasse pode redefinir equilíbrios geopolíticos na Europa Oriental. globo+1

Assessoria Cidadão Alerta

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