Frente contra narcoterrorismo: líderes estaduais reagem à omissão de Brasília em defesa da população

Governadores de diversos estados têm se unido, em uma frente inédita, para responder ao avanço do chamado “narcoterrorismo” no Brasil, criticando fortemente as iniciativas do governo federal no campo da segurança pública. Essa mobilização reflete não só preocupação real com a escalada de violência associada ao crime organizado, mas também uma reação àquilo que governadores classificam como omissão, desinformação e centralização excessiva por parte de Brasília, especialmente em resposta à megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos e expôs os limites da atuação federal diante de facções como Comando Vermelho e PCC. gazetadopovo+3

Consórcio da Paz: Aliança além da política

Sete governadores dos estados do Sudeste, Centro-Oeste e Sul, liderados por Cláudio Castro (RJ), articulam o “Consórcio da Paz”, cuja proposta é integrar informações, operações e políticas de segurança, formando uma aliança suprapartidária de defesa mútua diante da ausência de respostas convincentes por parte do governo federal. Essa união, segundo os líderes estaduais, surge por necessidade e não apenas por afinidade política, diante do avanço do narcotráfico que, hoje, já é considerado um risco geopolítico internacional—levando inclusive o governador do Rio a recorrer ao consulado dos EUA em busca de sanções e apoio. brasilagro+2

Críticas às medidas federais e defesa da autonomia

O ponto que mais acirra o conflito entre estados e Brasília é a Proposta de Emenda à Constituição (PEC 18/2025), que prevê maior centralização da segurança pública sob comando federal, restringindo a autonomia dos estados nas políticas e operações locais. Governadores como Ronaldo Caiado (GO) e Tarcísio de Freitas (SP) denunciam o que chamam de intervenção direta do Ministério da Justiça na gestão das polícias estaduais, afirmando que um país das dimensões do Brasil não pode ser regido por diretrizes únicas, ignorando as especificidades regionais. Além disso, há críticas à postura do governo Lula, considerado leniente e conivente por não classificar facções criminosas como organizações terroristas, e por sustentar um discurso “anacrônico” que relativiza a repressão policial. agenciabrasil.ebc+5

Omissão, fracasso e resposta dos estados

Artigos e especialistas apontam que a crise de segurança reflete uma falência deliberada da atuação federal, flertando com a cumplicidade pelo não enfrentamento efetivo ao narcoterrorismo. Ao ignorar pedidos de apoio e se ausentar do cenário operacional mais grave, o governo Lula força governadores a se mobilizarem, dialogando diretamente com autoridades internacionais em busca de cooperação, como já visto no caso do Rio de Janeiro. Enquanto o Poder Executivo se prende a debates teóricos e medidas tímidas, resta aos governadores a linha de frente prática e a articulação de políticas próprias, mais duras e adaptadas à realidade local. gazetadopovo+4

Propostas e visão dos governadores

Os governadores defendem o fortalecimento das ações policiais, especializadas e negociadas conforme as necessidades de cada estado, rejeitando a ideia de uma política centralizada e padronizada, que enfraqueceria o combate ao narcotráfico. Inspiram-se em modelos de tolerância zero, como o de El Salvador, e pressionam pela classificação das principais facções como organizações terroristas, buscando endurecimento legislativo e autonomia para legislar conforme suas crises regionais. agenciabrasil.ebc+3

Em síntese, a união dos governadores contra o narcoterrorismo evidencia não somente a gravidade e o alcance nacional do problema, mas a necessidade de liderança e resposta local diante do fracasso das políticas federais de segurança pública. A mensagem é clara: enquanto Brasília titubeia, cabe aos estados tomar a iniciativa e proteger seus cidadãos com rigor e realismo. gazetadopovo+4

Assessoria Cidadão Alerta

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