Brasil rompe com EUA e aposta na China: riscos de uma guinada histórica

A atual crise entre Estados Unidos e Brasil atingiu seu ápice em agosto de 2025, marcada por sanções diretas do governo Trump contra autoridades brasileiras, incluindo o ministro do STF Alexandre de Moraes, e a imposição de tarifas elevadas sobre as exportações nacionais. Essa deterioração nas relações bilaterais ocorre em um momento de aproximação crescente do governo Lula com a China e demais países de regime autocrático, consolidando um novo realinhamento internacional do Brasil.bbc+5

Raízes e Dinâmica da Crise

O conflito com os EUA ganhou contornos inéditos quando sanções do tipo Magnitsky foram aplicadas contra autoridades do Judiciário brasileiro depois de episódios de tensão envolvendo a atuação do STF e interesses políticos de Trump em relação ao caso Bolsonaro. Ainda assim, o governo Lula manteve resistência frente às pressões de Washington, optando por buscar alternativas no mercado internacional e fortalecendo o discurso de valorização da soberania nacional.bbc+3

Aproximação do Brasil com a China

Em resposta às sanções norte-americanas, o Brasil acelerou seus acordos com a China, destacando novas parcerias econômicas, logísticas, tecnológicas e até militares. O memorando assinado em agosto estabelece cooperação para programas estratégicos de desenvolvimento, certificação ambiental de exportações e ampliação das sinergias entre “Beltand Road” e o PAC brasileiro. No setor militar, pela primeira vez generais são enviados como adidos militares em Pequim, em gesto considerado por especialistas como um rompimento com a tradição norte-americana.senado+2

Relações com Autocracias e Impactos Globais

A busca de Lula por parceiros estratégicos estendeu-se a outros regimes autocráticos, como Venezuela e Rússia, na tentativa de diversificar alianças e construir “autonomia internacional”. Encontros de alto nível e defesa pública de líderes como Xi Jinping e Nicolás Maduro ajudam a consolidar o Brasil como interlocutor relevante junto ao bloco dos BRICS e países periféricos em relação à hegemonia ocidental.opeu+3

Potenciais Consequências da Falta de Diálogo com os EUA

A principal consequência desse afastamento é o risco de erosão econômica, a redução de investimentos e o isolamento progressivo do Brasil dos fluxos comerciais e tecnológicos norte-americanos. Isso pode limitar o acesso a mercados de alta tecnologia, afetar cadeias produtivas e provocar prejuízos para setores tradicionalmente dependentes dos Estados Unidos, como aeronáutica e bens de consumo. O alinhamento excessivo às autocracias traz ainda riscos de desgaste institucional, redução do ambiente democrático e diminuição do protagonismo brasileiro em fóruns multilaterais ocidentais, especialmente na área ambiental e de direitos humanos.opeu+3

Além disso, sanções diretas podem impactar cidadãos e empresas com conexões nos EUA, restringindo operações bancárias, exportações e parcerias industriais. O fortalecimento da cooperação com a China e outros parceiros do BRICS pode compensar parte dessas perdas, mas aprofunda a polarização global, prejudicando a posição brasileira como mediador de conflitos internacionais.otempo+3

Em síntese, o Brasil opta por um reposicionamento internacional autônomo, aproximando-se da China e de regimes autocráticos, mas arca com consequências políticas e econômicas severas diante do afastamento dos Estados Unidos, aprofundando incertezas sobre sua inserção global e estabilidade interna.gazetadopovo+2

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Fontes:

Brasil rompe com EUA e aposta na China: riscos de uma guinada histórica

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