Envio pelos EUA do maior porta-aviões do mundo ao Caribe gera reação militar venezuelana e provoca resposta de Rússia e China

O USS Gerald R. Ford, maior porta-aviões dos Estados Unidos e o mais avançado do mundo, chegou ao Caribe nesta terça-feira (11), marcando uma escalada significativa nas tensões entre Washington e o regime de Nicolás Maduro na Venezuela. A operação, liderada pelo presidente Donald Trump, tem como justificativa oficial o combate ao narcotráfico, mas é amplamente vista como uma pressão geopolítica sobre o governo venezuelano, que imediatamente respondeu com a mobilização massiva de suas forças armadas.globo+5

Detalhes da mobilização americana

O USS Gerald Ford integra um grupo de ataque formado por mais de uma dúzia de navios de guerra, submarinos nucleares e dezenas de aeronaves, incluindo caças F-35 e F-18. Com capacidade para transportar até 90 aeronaves e mais de cinco mil militares, seu deslocamento para o Caribe foi coordenado pelo Pentágono no final de outubro, após sua permanência na costa da Croácia.cnnbrasil+3

Reação venezuelana

Em resposta direta à operação americana, o governo venezuelano ordenou exercícios militares massivos e colocou todas as forças armadas em estado de alerta máximo. O ministro da Defesa, Vladimir Padrino, anunciou a ativação das baterias antiaéreas russas S-300 e dos radares chineses JY-27A para fortalecer a defesa contra uma possível agressão. A retórica de Caracas alterna entre declarações de prontidão para combate e apelos por diálogo, enquanto reforça alianças com Rússia, China e Irã.cartacapital+3

Reação da Rússia

Moscou condenou publicamente as ações dos EUA, classificando os bombardeios a embarcações venezuelanas como “inaceitáveis” e acusando Washington de usar o combate ao tráfico de drogas como pretexto para intervenção militar. O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, afirmou que “países sem lei” agem assim e prometeu ampliar o fornecimento de sistemas de defesa à Venezuela, incluindo as primeiras entregas dos sistemas antiaéreos Pantsir-S1 e Buk-M2E. A ampliação do arsenal e da assistência militar russa aumenta a capacidade de negação de acesso e eleva os riscos de qualquer operação estrangeira próxima ao território venezuelano.otempo+2

Reação da China

A China manifestou firme oposição à mobilização militar dos EUA no Caribe, criticando qualquer ação que “viole os propósitos e princípios da Carta da ONU e a soberania e a segurança de um país”. Pequim condena a interferência externa nos assuntos venezuelanos e reforça o apoio estratégico ao governo Maduro através investimentos bilionários na indústria petrolífera do país. O chanceler venezuelano expressou gratidão à China, que reiterou a defesa da paz na região e solicitação de que os EUA “façam mais ações que conduzam à paz e à segurança” na América Latina e Caribe.cnnbrasil+2

Panorama geopolítico

A chegada do porta-aviões eleva o grau de alerta entre aliados e desafia o equilíbrio regional — tanto Rússia quanto China vêem as operações americanas como ameaça à estabilidade hemisférica e buscam fortalecer a defesa de Caracas por meio de cooperação militar direta e apoio diplomático. O episódio destaca o aprofundamento da polarização entre potências, com o Caribe configurando-se como novo foco de disputa estratégica e risco de conflito ampliado por provocações mútuas e aumento do aparato bélico na região.veja.abril+5

Assessoria Cidadão Alerta

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